
Chile bate o Brasil e fica com o título do Torneio Uber de Futebol Feminino.
1 de setembro de 2019(Foto: Carlos Vera / Comunicaciones ANFP)
Chilenas levantaram a taça após vencerem as brasileiras nos pênaltis.
Chile e Brasil se enfrentaram na tarde deste domingo (1), no Estádio Pacaembu, em São Paulo, pela decisão do Torneio Uber de Futebol Feminino. E quem levou a melhor foram as “Rojas” que, após um empate no tempo regulamentar, sagraram-se campeãs nos pênaltis.
A 9ª edição da competição – primeira com a nomenclatura atual, devido ao patrocínio master da Uber, tem mais uma campeã inédita: o Chile que, após passar pela Costa Rica na semifinal, hoje, em um Pacaembu com quase 17 mil torcedores, despachou, nos pênaltis, o Brasil da era Pia Sundhage, ao vencer por 5 a 4.
Dando oportunidades para todas as atletas convocadas, em busca de conhecê-las melhor, a técnica Pia escalou para a decisão apenas quatro jogadoras que iniciaram a partida contra a Argentina, na última quinta-feira (29). Já do outro lado, as chilenas vieram com força máxima.
E o que se viu, ao longo dos 90 minutos, foi um jogo muito equilibrado, seja pela forte chuva que caiu – prejudicando o estilo de jogo, pela boa marcação ou empenho ofensivo das duas equipes.

(Foto: Mauro Horita / CBF)
No primeiro tempo, o que mais chamou a atenção foi o temporal, que deixou o gramado encharcado. Ainda sim, apesar das dificuldades, a etapa inicial foi marcada por lances de disputas e oportunidades para as duas equipes. O Brasil foi melhor, criou mais, mas não conseguiu converter as oportunidades que teve em gols. O Chile, por sua vez, foi menos incisivo, mas quando chegou, levou perigo.
Para a etapa complementar, a chuva diminuiu e, por vezes, até parou. O sistema de drenagem também colaborou e deixou o campo em melhores condições. Fatos estes que foram aproveitados pelas jogadoras. Com uma partida mais rápida, a intensidade aumentou, assim como as chances de gols. A seleção brasileira novamente foi superior, mas não conseguiu marcar. As chilenas, que optaram por se defender mais, também criaram, mas nada conseguiram. E, assim, com o 0 a 0, a decisão foi para os pênaltis.

(Foto: Mauro Horita / CBF)
Pênaltis
Nas penalidades, quem começou batendo foi o Brasil, com Raquel: mas a substituta de Andressa Alves parou na goleira chilena, Endler. Na sequência, Lara marcou para o Chile, ao bater no ângulo de Aline.
Após, as brasileiras converteram três cobranças: com Mônica, Chú e Bia Zaneratto. Já as chilenas, apenas duas: com Balmaceda e Hidalgo. Isso porque Aline pegaria o pênalti de Pardo, deixando, na quarta série de cobranças, tudo igual.
As quintas e sextas cobranças foram de erros. O Brasil, que batia primeiro, mandou os dois para fora, com Luana e Bruna. Já as chilenas pararam em duas grandes defesas de Aline. Seguia, assim, empatado: 3 a 3.
Para a sétima série, Fabi Simões bateu firme e colocou o Brasil na frente. Mas Aedo também fez para o Chile e manteve o empate na decisão.
Na oitava e última série, a lateral-esquerda Joyce foi para a bola e desperdiçou. Toro, do lado chileno, converteu e deu o título inédito da competição para o Chile.